Crítica: Foi Apenas Um Sonho


'O ser humano tem o direito à liberdade'. Em cima dessa premissa se constrói a nossa sociedade e em cima do conceito de liberdade nós começamos a nossa busca pela felicidade.

Frank Wealer (Dicaprio) tinha um emprego estável, uma bela esposa e filhos para criar, porém ele se sentia preso a um estereótipo de vida ao qual ele não queria pertencer, ele queria sentir coisas, ele queria viver o desconhecido.

Mrs. April Wealer (Winslet) foi dominada pelo sonho de uma vida livre dos velhos modelos conhecidos, um lugar onde as pessoas são o que elas realmente são.

A busca pela liberdade do casal não é assim tão bela, e é aí que se constrói a grandeza de 
Foi Apenas Um Sonho (Revolutionary Road, 2008) a estrada para a revolução, ou para o terremoto, que ocorre quando o ser humano se confronta com suas crenças e convicções.

A verdade é que April vive as frustrações de uma carreira de atriz que foi abandonada em favor das tarefas de uma dona de casa e Frank não se sente tão homem assim preenchendo por completo o manual do 'homem de família'.

E quando um louco entra no lar da família e afirma que; 'Está feliz por não ser a criança no ventre de April' - aí tudo começa a desmoronar, as coisas simples como o amor do casal e o instinto maternal já não fazem tanto sentido.

Sam Mendes já havia feito muito na crítica da sociedade americana em "Beleza Americana", mas mesmo que de forma despercebida por muitos, ele fez muito mais na crítica a natureza humana na qual se baseia Foi Apenas Um Sonho, as formidáveis atuações capturaram uma síntese do contraditório e desesperador ímpeto humano de buscar algo que nunca existirá. Assista com moderação.



 

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