Crítica: Um Olhar do Paraíso


A menina Susie Salmon tem 14 anos e vive num ambiente familiar equilibrado, cultiva o hobbie de fotografar e vai para a escola onde cultiva uma admiração secreta por um garoto estrangeiro.

As fotos não podem ser reveladas todas de uma vez, porque na década de 70 isso ainda era algo caro.


A vida dessa bela menina também foi uma foto não revelada para sua família, ela é assassinada. No entanto, conforme Peter Jackson (Senhor dos Anéis) o sonho dela não acaba por aí.

Ela se depara com um mundo MARAVILHOSO (excelente fotografia e efeitos) que é constantemente transformado por seus sentimentos, que misturam vontade de emergir no êxtase dos cenários maravilhosos e flashes da sua vida terrena.

Não, Um olhar do Paraíso (The Lovely Bones, 2009) não é um filme de morte, é um filme de renascimento. Nesse ponto Jackson brigou com Hollywood, o assassino (excelente atuação de Stanley Tucci) não é o objeto de redenção através da vingança, essa palavra nem mesmo existe, nem mesmo o senso terreno de justiça, o que existe é o intangível dos sentimentos, Susie quer viver o amor não revelado de sua pré-adolescência, ela quer paz.

O paralelo entre os pais de Susie vivendo em trapos tentando se recompor, enquanto a filha busca outra coisa, ou não busca nada, é algumas vezes angustiante, mas a beleza que flui através desses reflexos é indescritível e muito mais profunda do que mais um vilão, um herói e uma mocinha.



 

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